Valerie Sutton
Autor: Almir Cristiano | Publicado: 17/05/17 | Atualizado: 19/03/20 | Acessos: 14394
Quem é Valerie Sutton?
Valerie Sutton é uma ex-dançarina e coreógrafa, nasceu nos Estados Unidos, onde reside até hoje. Desenvolveu inicialmente o DanceWriting, um sistema no qual ela escrevia os movimentos de suas danças.
Em 1974, esse sistema criado por Valerie Sutton chamou a atenção de estudiosos dinamarqueses, que naquele momento estavam em busca de descobrir uma forma de tornar a língua gestual, uma língua que também pudesse ser escrita.
A partir disso, Sutton foi convidada a juntar-se à comunidade surda e desenvolver representações gráficas, sistematizando o que anteriormente seria o DanceWriting.
Assim, Sutton, adequando esse sistema à língua gestual, criou a SignWriting.
O que é a escrita de sinais de Valerie Sutton?
Como já foi dito, Valerie Sutton foi a responsável pelo desenvolvimento do sistema de escrita da língua gestual, chamada SignWriting, em que se tem como símbolos a representação gráfica das mãos e das palmas da mão, dos movimentos, dos pontos de articulação, além das marcas não-manuais.
A criação dessa escrita de sinais foi um importante avanço para a comunicação da comunidade surda. Além disso, foi essa a única, dentre as diversas tentativas em desenvolver um sistema de escrita para a comunidade surda, que conseguiu representar todas as nuances que se encontram em uma comunicação completa e eficaz.
Assim, as expressões e as informações completas puderam ser repassadas pelos surdos, de forma a evoluir a sua forma de comunicar-se com os demais surdos, e com outras pessoas.
O principal ponto positivo do sistema de escrita criado por Sutton, é a facilidade e rapidez na sua utilização, e no entendimento acerca dos movimentos para a comunidade surda, afinal o objetivo inicial do sistema era representar uma dança.
Atualmente, se tem a língua gestual como importante fator de influência na elaboração continuada da SignWriting. Isso agrega mais significado ao sistema de escrita, visto que os surdos que já aderiam à língua de sinais, se mostram mais abertos à aprender a SignWrinting devido à proximidade entre elas.
Assim, há um aumento da representatividade e da apropriação da SignWriting como o sistema de escrita dos surdos, pela sua comunidade, tendo como consequência resultados inimagináveis para o desenvolvimento dos surdos.
Outro fator significativo é a importância de deixar escrito para gerações futuras a memória de um povo, e por meio da SignWriting a comunidade surda possui a oportunidade de representar sua história, demonstrar o seus pontos de vista, sua interpretação do mundo, e compartilhar toda a cultura da sua comunidade.
Hoje, o desenvolvimento da SignWriting é bastante perceptível, já que não se tem somente sua escrita no papel, como também a possibilidade de escrevê-la no computador, aumentando ainda mais a popularidade mundial desse sistema de escrita.
Livro "Uma Menina chama Kauane", escrito por Karin Strobel e traduzido para Libras por Marianne Stumpf, usando SignWriting
Referências:
ALMIR CRISTIANO. SignWriting. Disponível em: <https://www.libras.com.br/signwriting>. Acesso em: 29 Dez. 2019.
VALERIE SUTTON. Um sistema global de escrita para uma era global. Disponível em: <https://www.valeriesutton.org/lifestory/autobiography/>. Acesso em: 29 Dez. 2019.
VALERIE SUTTON. Uma Menina Chamada Kauana. Disponível em: <http://www.signwriting.org/library/children/uma/uma05.html>. Acesso em: 29 Dez. 2019.
Autor: Almir Cristiano | Publicado: 17/05/17 | Atualizado: 19/03/20 | Acessos: 14394
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